piratas
Um dos sinais típicos de se estar bem avançado na idade é quando começamos a olhar “para trás” de modo nostálgico. Por exemplo: antigamente, nos tempos da Guerra Fria, a ONU era tão irrelevante como hoje, porém haviam duas superpotências que punham ordem nas suas áreas de influência e, sempre que algo de errado ou de muito mau acontecia numa dessas áreas, só podia ser por acção da superpotência contrária (geralmente por interposto títere).
Como a Guerra Fria acabou e a pax americana não vingou, tem aumentado extraordinariamente a capacidade de regiões remotas, pobres e ignoradas do mundo se tornarem factores de destabilização à escala mundial, promovendo o terrorismo, a chantagem nuclear, os tráficos de drogas-armas-pessoas. Por pudor ou marketing, essas acções são justificadas pelos discursos nacionalistas, religiosos e/ou “terceiro-mundistas” que lhe emprestam a dignidade possível para um infindável bruaah! mediático, ONUsiano inclusivé.
Consoante a sua irupção no mosaico geopolítico, as grandes potências de outrora, as grandes potências emergentes, as potências regionais e a grande- potência-apesar-de-tudo, lá se organizam de modo a tentarem ganhar/não-perder terreno e anularem os avanços dos adversários, alimentando ou combatendo as borbulhas de instabilidade.
ecos de outros mundos